terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Santo Amaro - 461 anos

Hoje vou falar um pouco sobre o transporte sobre trilhos em Santo Amaro. O que pouca gente sabe é que Santo Amaro já teve uma linha férrea, muito antes do projeto atual da interminável Linha Lilás do Metro. 
Em 25 de abril de 1880 teve início a construção da Linha Férrea que ligaria São Paulo à Santo Amaro. Essa linha originava-se na Rua São Joaquim, esquina com a rua Liberdade, seguia pelas ruas Vergueiro, Domingo de Morais e Avenida Jabaquara, até a estação de encontro, que ficava onde é hoje a Igreja de São Judas. Daí seguia pela região, onde estão localizados hoje: o Aeroporto de Congonhas e a  Chácara Flora e terminava seu trajeto na Praça Santa Cruz, onde hoje é a escola Lineu Prestes. Essa linha férrea foi substituída mais tarde por uma linha de bondes, com trajeto que mais tarde foi substituído pelo corredor viário das Avenidas Vereador José Diniz e Avenida Ibirapuera.
Ou seja: se não houvesse uma mudança de mentalidade, a região de Santo Amaro já possuiria uma linha férrea que ligasse o bairro ao centro há muito tempo
 Como já é de praxe, um trecho que trás mais informações a respeito do assunto.

"Em 1886 foi inagurada a linha férrea de São Paulo a Santo Amaro, com a presença do Imperador Dom Pedro II. A antiga linha seguia desde pelo que hoje corresponde à Avenida da Liberdade, Rua Vergueiro, Rua Domingos de Morais e Avenida Jabaquara (o trajeto da atual Linha 1 do metrô), passando por trás de onde, mais tarde, seria construído o Aeroporto de Congonhas, e daí seguia até Santo Amaro.Cabe mencionar que a autorização para a construção dessa linha férrea, conforme a Lei Provincial número 56, de 11 de maio de 1877, previa que ela fizesse a ligação entre São Paulo e o povoado de São Lourenço (atual município de São Lourenço da Serra).Essa linha de trens foi substituída, em 7 de julho de 1913, por uma linha de bondes, que do trajeto anterior desviava na Rua Domingos de Morais para a Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, seguindo pelas regiões de Indianópolis, Campo Belo, Brooklin Paulista e Alto da Boa Vista, dando origem ao que hoje são a Avenida Ibirapuera e a Avenida Vereador José Diniz."

    Largo 13 de Maio - 1920

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Uma musiquinha pra relaxar...

Santo Amaro - 461 anos

Em junho de 1829, começou o crescimento de Santo Amaro com a distribuição de terras aos colonos alemães e com o aumento da atividade agrícola. Em 10 de julho de 1832, Santo Amaro foi elevado da categoria de freguesia a de Vila. No ano seguinte, Francisco Antonio das Chagas, pai de Paulo Eiró, foi nomeado presidente da Câmara de Santo Amaro, que possuía mais 7 vereadores. Segundo consta, a primeira sessão da Câmara de Santo Amaro ocorreu em 6 de maio de 1833.
Na segunda metade do século XIX, a Vila de Santo Amaro tornou-se celeiro de São Paulo, já que gêneros alimentícios de primeira necessidade, como mandioca, milho, feijão e arroz eram produzidos e comercializados na região. Surgiu assim a necessidade de se criar um mercado, que servisse de entrada e saída desses produtos. Foi assim que, em 1894, por um ato da Câmara, foi criado um ponto provisório que ficava entre a Rua Direita (atual Capitão Thiago Luz) e a Rua da Palha (atual Paulo Eiró), no caminho que se dirigia à Itapecerica da Serra (atual Avenida João Dias) e, em 23 de maio de 1897 foi inaugurado o Mercado, construído no Lgo. São Benedito (atual Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes).
Em 1958 o velho mercado foi desativado devido a inauguração do Mercado Municipal de Santo Amaro, que se localiza até hoje na rua Anchieta. O prédio do velho mercado de Santo Amaro abriga hoje a Casa de Cultura de Santo Amaro.
A seguir, um texto que conta um pouco mais sobre Santo Amaro.

No final do Primeiro Reinado, por ocasião do casamento de Dom Pedro I com Dona Amélia de Leuchtenberg, o primeiro grupo de colonos alemães veio se juntar ao povoamento daquela região. Data dessa época de pioneiros o Cemitério da Colônia (alemã), em Parelheiros. No final do século XIX e início do século XX, novos grupos de alemães, e também de escandinavos, dirigiram-se à região de Santo Amaro, estabelecendo-se preferentemente no bairro do Alto da Boa Vista, ao qual deram uma característica própria que persiste até os dias de hoje.
Em 1832 Santo Amaro torna-se município, separado de São Paulo, sendo instalado em 7 de abril de 1833. O município abrangia todo o território que se situava ao sul do antigo Córrego da Traição, hoje em dia canalizado e sobre o qual existe a Avenida dos Bandeirantes, estendendo-se até a Serra do Mar. Incluía, na sua formação, também as áreas que hoje correspondem aos municípios de Itapecerica da Serra, Embu, Embu-Guaçu, Taboão da Serra, São Lourenço da Serra e Juquitiba, que se separaram em 1877 para a formação do município de Itapecerica da Serra."


    O Mercado Velho de Santo Amaro (Atual casa de Cultura de Santo Amaro) - 22/11/1935

domingo, 20 de janeiro de 2013

Uma musiquinha pra relaxar...

Santo Amaro - 461 anos

Foi em Santo Amaro que nasceu o bandeirante Manuel Borba Gato, que acompanhou seu sogro Fernão Dias por expedições atrás de esmeraldas, que nunca foram encontradas. Apesar disso, Borba Gato acabou encontrando ouro, o que lhe valeu a nomeação de Guarda Mór do Distrito do Rio das Velhas.
Em 14 de janeiro de 1686, Santo Amaro tornou-se paróquia. Em 1737, a Ordem Régia 212 ordena que se faça um caminho ligando Santo amaro a São Paulo e, em 1746, o Senado ordena que seja refeito o caminho do M'Boi Guaçu à cidade, a cargo de sua freguesia e dos de Santo Amaro. Até o começo do século XIX, Santo Amaro possuía três ou quatro ruas e algumas chácaras, além da capela, com a pequena imagem de madeira.
A seguir, trecho que revela um pouco mais sobre a fundação de Santo Amaro.

"Após a fundação da vila de São Paulo, em 1554, os jesuítas foram distribuídos na Capitania de São Vicente em três locais, conforme determinado pelo Padre Manuel da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas: São Vicente; São Paulo e Jeribatiba (Santo Amaro), locais onde os jesuítas realizavam trabalhos de catequese e educação de crianças índias e mamelucas. José de Anchieta vindo do povoado de São Paulo de Piratininga (São Paulo), em uma das várias vezes que visitou a Aldeia de Jeribatiba percebeu que devido ao número de índios catequizados e colonos instalados na região, era possível constituir ali um povoado, idéia aprovada pelos moradores. Para esse fim foi construída uma capela, em terras da região do Cupecê onde moravam João Pais e sua esposa Susana Rodrigues, que doaram a imagem de Santo Amaro (imagem até hoje preservada) para a capela organizada por Anchieta, “feita de taipa de pilão, não forrada”, e qual foi transformada em freguesia (distrito) em 1686." 

    Alameda Santo Amaro - 10/12/1936

sábado, 19 de janeiro de 2013

Santo Amaro - 461 anos

O bairro de Santo Amaro surgiu a partir de uma vila de agricultores portugueses, no século XVI. O nome da vila surgiu a partir de uma imagem do santo, feita em madeira, doada pelo casal João Paes e Suzana Rodrigues à capelinha Nossa Senhora da Assunção de Ibirapuera, instalada numa aldeia indígena catequizada. 
Segundo consta, em 12 de agosto de 1560, os jesuítas tomaram posse oficial de duas Léguas de terras, de relevo suave, localizadas à margem do Rio Jurubatuba e foram doadas aos jesuítas pelo Capitão Francisco de Morais, em nome do Padre Luis de Grã, da Companhia de Jesus. A capela onde ficava a imagem de madeira era o ponto central da aldeia. A imagem de madeira de Santo Amaro ainda pode ser vista hoje na igreja Matriz de Santo Amaro.
Essa história está registrada no mosaico que foi construído em 1962, junto a estátua de Borba Gato, na Avenida Santo Amaro, próxima ao nº 5700.


Brasão do Antigo Município de Santo Amaro (“Antiquissimum Genus Paulista Meum” (pertenço à mais velha sociedade paulista).

Piada com aquele fundinho de verdade